Imigrantes em Portugal correm para cursos profissionais
A procura de imigrantes em Portugal por cursos profissionais explodiu nos últimos meses. O motivo? Uma brecha legal que permite transformar uma simples matrícula num caminho para o visto e a residência legal.
Mudanças na Lei dos Estrangeiros
Desde que o Governo anunciou alterações na Lei dos Estrangeiros, muitos estrangeiros perceberam que os cursos de formação profissional com duração superior a 13 meses podem ser a porta de entrada para viver em Portugal.
Cursos profissionais como porta de entrada
Formação superior a 13 meses
A lei abre a possibilidade de estudantes de cursos longos solicitarem autorização de residência.
Certificação DGERT
Apenas cursos de entidades certificadas pela DGERT ou instituições reconhecidas são válidos para este processo.
Brasileiros lideram as inscrições
Nada menos que 75% dos inscritos são brasileiros, seguidos por marroquinos e angolanos.
Outras nacionalidades em destaque
Ao todo, já são 28 nacionalidades presentes nos cursos, que são ministrados em português, mas também com opções em inglês e francês.
Áreas mais procuradas
Os imigrantes não querem apenas um visto: procuram também carreira e futuro. Entre os cursos mais buscados estão:
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Análise de dados;
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Tecnologia da informação aplicada à gestão;
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Marketing digital;
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Planeamento estratégico.
Custos médios da formação
Os cursos duram em média 18 meses e custam cerca de mil euros. Para muitos imigrantes, este é o “investimento necessário” para abrir caminho à legalização.
Como funciona o processo de matrícula
Os imigrantes podem inscrever-se presencialmente ou até pelo WhatsApp. Muitos fazem isso ainda no Brasil, antes de embarcar.
Visto para imigrantes em Portugal
Com a matrícula em mãos, é possível solicitar autorização de residência, seja para quem chega do exterior ou para quem já está em Portugal em situação irregular.
O papel da AIMA na fiscalização
A AIMA exige provas da frequência dos cursos, garantindo que os alunos não apenas se matriculem, mas participem das aulas.
Impactos sociais e econômicos
Este movimento cria um duplo efeito:
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Ajuda os imigrantes em Portugal a sair da irregularidade.
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Fortalece o mercado de formação profissional, que se torna altamente procurado.
Mas também levanta questões sobre confiança no sistema e o real impacto da legalização em massa.
A corrida dos imigrantes em Portugal para cursos profissionais mostra que a educação se tornou a nova fronteira da legalização.
Com milhares de matrículas, aumento de custos e brasileiros liderando a procura, a questão é inevitável: estamos diante de uma solução legítima ou de uma estratégia arriscada que pode pôr o sistema em colapso?
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