🌎 Brasileiros estão ganhando salário em dólar sem sair do país e você pode ser o próximo!
Já imaginou trabalhar no conforto da sua casa e receber salário em dólar todos os meses?
Essa realidade, que parecia distante há alguns anos, hoje é o sonho possível de milhares de profissionais brasileiros que decidiram abrir as portas para o mercado global.
Segundo a TechFX, plataforma de câmbio especializada em profissionais que recebem do exterior, os Estados Unidos concentram 85% das contratações internacionais feitas para brasileiros, com salário em dólar que chegam a US$ 110 mil por ano, o equivalente a cerca de R$ 598 mil anuais.
E o melhor: sem precisar mudar de país.
Esses profissionais, conhecidos como Global Workers, prestam serviços remotamente para empresas estrangeiras, ganham em moedas fortes (como dólar e euro) e continuam morando no Brasil, aproveitando o câmbio favorável e o custo de vida mais baixo.
💡 Leia também: Trabalho remoto em Portugal — como ganhar em euros sem sair de casa
👨🏽💻 O que é um Global Worker e por que essa tendência está crescendo
O termo Global Worker descreve o profissional que atua remotamente para empresas internacionais, geralmente de forma autônoma ou como pessoa jurídica (PJ).
Essa modalidade explodiu após a pandemia, com o avanço da digitalização e a necessidade global por mão de obra qualificada.
Nos Estados Unidos, empresas de tecnologia e startups são as principais contratantes.
De acordo com o levantamento da TechFX, 1.220 dos 1.428 desenvolvedores brasileiros entrevistados trabalham atualmente para empresas americanas.
Outros destinos também aparecem com força:
-
Canadá e Austrália – 1,85% cada
-
Reino Unido – 1,85%
-
Argentina – 1,55%
-
Portugal – 1,16%
-
México – 1%
-
Alemanha – 0,62%
💼 Esses profissionais são pagos em dólar e contratados em modelo 100% remoto, com jornadas flexíveis e comunicação feita em inglês por plataformas como Slack, Zoom e Notion.
💡 Veja também: Plataforma com mais de 2.400 ofertas internacionais
💸 Salário em dólar: quanto realmente se ganha?
O salário médio anual dos brasileiros contratados por empresas estrangeiras é de US$ 110 mil, segundo o Global Salary Report da TechFX.
Isso equivale a R$ 49 mil por mês, um valor até 4 vezes maior que o praticado no Brasil para funções semelhantes.
Veja as médias salariais por função:
Função | Salário em dólar médio anual (USD) | Salário mensal (BRL aproximado) |
---|---|---|
Desenvolvedor Full Stack | US$ 95.000 | R$ 42.000 |
Engenheiro de Software Sênior | US$ 110.000 | R$ 49.000 |
Designer de Produto | US$ 75.000 | R$ 33.000 |
Gerente de Projeto Internacional | US$ 90.000 | R$ 40.000 |
Especialista em Marketing Digital | US$ 65.000 | R$ 29.000 |
Mesmo com impostos e taxas de câmbio, o retorno líquido é extremamente vantajoso, especialmente considerando o custo de vida no Brasil.
💼 As profissões mais procuradas pelas empresas internacionais
Uma pesquisa da TechFX feita com 1.433 brasileiros que atuam remotamente para empresas internacionais mostra que a área de tecnologia domina 87,6% das contratações.
Mas outras áreas também estão ganhando força. Veja:
Área | Percentual |
---|---|
Tecnologia (Dev, Data, Infra) | 87,6% |
Produto | 2,9% |
Sucesso do Cliente | 2,7% |
Design | 2,6% |
Marketing | 1,4% |
Operações | 1,0% |
Recursos Humanos | 0,9% |
“Não há limitação por formação acadêmica. O que as empresas buscam é capacidade técnica e adaptação ao modelo global de trabalho”, explica Gustavo Sèngès, especialista em carreiras internacionais.
💡 Leia também: Empresas que patrocinam visto de trabalho em Portugal e Europa
⚙️ Como funciona o modelo de contratação internacional
Na maioria dos casos, o profissional brasileiro é contratado como Pessoa Jurídica (PJ) e recebe diretamente em dólar, euro ou libra esterlina.
Esse modelo garante liberdade financeira e tributária, mas exige disciplina e organização. O contratado precisa emitir notas fiscais internacionais e administrar os próprios impostos.
📌 Dica de especialista:
Segundo Eduardo Garay, CEO da TechFX, “abrir uma empresa no Brasil e usar uma conta internacional é a combinação ideal para quem quer receber em dólar sem pagar taxas abusivas de conversão”.
A fintech, inclusive, oferece contas para profissionais PJ que trabalham para o exterior, permitindo o recebimento direto em dólar com taxas reduzidas.
💬 É preciso falar inglês fluente para ganhar salário em dólar?
Sim e não.
O inglês é essencial para comunicação e entrevistas, mas muitas empresas valorizam profissionais proativos e técnicos, mesmo com fluência intermediária.
Garay explica:
“Mais importante que o sotaque perfeito é a clareza e a capacidade de entregar resultados. A comunicação efetiva é o que define o sucesso no trabalho remoto global.”
Empresas da Europa, como Reino Unido, Alemanha e Portugal, tendem a ser mais flexíveis quanto ao idioma, desde que o candidato demonstre domínio técnico e disposição para aprender.
🕐 O desafio do fuso horário
Trabalhar para empresas estrangeiras exige overlap, ou seja, compatibilidade parcial com o fuso horário do empregador.
Em média, o profissional precisa estar online por 4 a 6 horas diárias, coincidindo com o expediente da sede da empresa.
As equipes costumam usar ferramentas como:
-
Slack (mensagens instantâneas e colaboração);
-
Zoom ou Google Meet (reuniões online);
-
Trello, Jira, Notion (gestão de projetos);
-
GitHub (para equipes técnicas).
🧭 Como conseguir um emprego com salário em dólar?
Para quem quer entrar nesse mercado global, as principais recomendações são:
1️⃣ Monte um perfil profissional em inglês no LinkedIn e GitHub;
2️⃣ Inclua projetos reais e resultados mensuráveis;
3️⃣ Faça cursos internacionais (Coursera, Udemy, FreeCodeCamp);
4️⃣ Participe de comunidades de Devs e Designers globais;
5️⃣ Crie networking internacional — comentários, fóruns e eventos online;
6️⃣ Cadastre-se em plataformas como RemoteOK, Wellfound, Deel, Toptal e Upwork;
7️⃣ Use um banco internacional (Wise, Nomad ou TechFX) para receber em dólar.
💡 Leia também: Itália abre 497 mil vagas para estrangeiros com salários de até R$ 44 mil
🚀 O futuro do trabalho está na moeda forte
A transformação digital está mudando a geografia dos empregos.
Profissionais que se atualizam, falam inglês e entendem de tecnologia têm hoje acesso a salário em dólar, mesmo morando no Brasil.
O especialista Gustavo Sèngès resume:
“As empresas já entenderam que talento não tem fronteiras. Agora é a vez dos profissionais entenderem que o salário também não precisa ter.”