🩺 Ordem dos Médicos confirma 31 vagas para urgência e emergência
A Ordem dos Médicos (OM) acaba de aprovar oficialmente 31 vagas para a nova especialidade de Medicina de Urgência e Emergência, marcando um avanço histórico na estrutura do sistema de saúde português.
O anúncio foi feito pelo bastonário da Ordem, Carlos Cortes, que confirmou que a proposta já foi entregue à Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) e aguarda apenas a validação final.
O mapa definitivo das vagas será publicado até 31 de outubro de 2025, com distribuição entre hospitais de todo o país e regiões autónomas, garantindo cobertura nacional e reforço das equipas médicas nas áreas mais críticas.
💡 Leia também: Empregos na área da saúde em Portugal: salários, vagas e exigências
⚕️ Nova especialidade reforça urgência e emergência em todo o território
A criação da especialidade de Medicina de Urgência e Emergência representa uma das maiores reformas do sistema médico português nos últimos anos.
A área, que até então funcionava através de equipas multidisciplinares formadas por médicos de outras especialidades, passa agora a ter um percurso de formação próprio e reconhecido oficialmente.
De acordo com a Ordem dos Médicos, o novo modelo permitirá formar profissionais especializados em resposta rápida, triagem e tratamento de situações críticas, alinhando Portugal com as boas práticas internacionais em saúde de emergência.
“Este é um passo decisivo para fortalecer o sistema de urgência e garantir que os cidadãos tenham atendimento qualificado, rápido e seguro em qualquer ponto do país”, destacou o bastonário Carlos Cortes.
🏥 Distribuição das vagas para urgência e emergência
As 31 vagas aprovadas serão distribuídas entre hospitais centrais, distritais e ilhas, abrangendo as seguintes regiões:
-
Norte: Porto, Braga, Viana do Castelo, Vila Real
-
Centro: Coimbra, Aveiro, Leiria
-
Lisboa e Vale do Tejo: Santa Maria, São José, Amadora-Sintra, Garcia de Orta, Loures
-
Alentejo: Évora e Beja
-
Algarve: Faro
-
Regiões Autónomas: Funchal (Madeira) e Ponta Delgada (Açores)
Cada hospital deverá indicar as suas unidades de emergência integradas e equipas de internato associadas, de acordo com o regulamento aprovado pela ACSS e pela OM.
📚 Formação e internato médico
O novo programa de formação em Medicina de Urgência e Emergência terá duração de cinco anos, com uma estrutura modular que abrange áreas como:
-
Medicina Intensiva
-
Cirurgia de Emergência
-
Cardiologia de Intervenção
-
Ortopedia de Trauma
-
Medicina Interna Avançada
-
Cuidados Pré-Hospitalares e Gestão de Crises
Durante o internato, os médicos passarão por centros de simulação clínica e estágios em hospitais de referência, além de formações práticas em urgência hospitalar, via verde AVC e trauma.
O objetivo é criar uma rede de especialistas aptos a atuar em situações críticas, desde emergências urbanas até ocorrências em regiões remotas.
🧠 Por que a especialidade é tão importante
Portugal enfrenta uma escassez crescente de profissionais nas urgências hospitalares, principalmente nos grandes centros urbanos.
Com a criação desta especialidade, o país dá um passo crucial para garantir estabilidade e qualidade nos serviços de emergência, evitando a sobrecarga de profissionais de outras áreas.
Estudos do Sindicato Independente dos Médicos (SIM) e da Federação Nacional dos Médicos (FNAM) mostram que mais de 40% dos turnos de urgência em hospitais distritais dependem de contratações temporárias e médicos deslocados.
Com a nova especialidade, o governo espera formar anualmente dezenas de médicos dedicados exclusivamente à emergência médica, reduzindo a rotatividade e melhorando a gestão hospitalar.
💡 Leia também: Empregos sazonais em Portugal: oportunidades para estrangeiros em 2025
💬 O que diz a Ordem dos Médicos sobre as vagas para urgência e emergência
Em entrevista ao jornal Público, o bastonário Carlos Cortes afirmou que o mapa das vagas foi desenhado para garantir cobertura nacional equilibrada.
“Vamos ter um leque muito diversificado de hospitais, cobrindo todo o território e as ilhas. É uma resposta coordenada que visa aproximar o sistema das necessidades reais da população”, destacou.
A proposta também inclui critérios de qualidade e supervisão formativa, assegurando que todos os locais de estágio possuam infraestruturas e equipas adequadas para o ensino prático.
📈 Impacto no sistema de saúde português
Com o reconhecimento da Medicina de Urgência e Emergência como especialidade médica, Portugal se alinha com países como França, Alemanha e Reino Unido, onde a área é consolidada há mais de uma década.
Entre os principais impactos esperados estão:
✅ Redução dos tempos de espera em serviços de urgência
✅ Melhoria nos protocolos de resposta a catástrofes
✅ Maior integração entre hospitais e INEM
✅ Formação contínua e padronizada dos profissionais
✅ Diminuição da dependência de contratações externas
Segundo a Ordem dos Médicos, o objetivo é que as primeiras turmas de internato comecem já em 2026, após a conclusão do processo de validação e publicação do edital oficial.
💡 Leia também: As cidades de Portugal com mais vagas abertas para estrangeiros
🕓 Próximos passos
A Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) deverá publicar até o final de outubro o mapa definitivo de vagas e regulamento do concurso de acesso ao internato médico 2026.
Após a validação, o Ministério da Saúde divulgará o calendário oficial de candidaturas, com previsão de abertura das inscrições entre novembro e dezembro de 2025.
Os candidatos deverão submeter o pedido através da plataforma SIGMA – Sistema de Gestão do Internato Médico, incluindo documentação comprovativa e preferências de local.
🧾 Requisitos para candidatura as vagas para urgência e emergência
Para se candidatar às vagas para urgência e emergência, o candidato deve:
-
Ter concluído o Ano Comum de Formação Médica (internato geral);
-
Estar inscrito na Ordem dos Médicos;
-
Não possuir pendências disciplinares;
-
Apresentar currículo atualizado e comprovativo de habilitações.
🌍 Perspectiva internacional
O reconhecimento da especialidade também abre portas para mobilidade internacional de médicos portugueses, já que a Medicina de Urgência e Emergência é reconhecida pela União Europeia e pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Assim, os profissionais formados poderão exercer a profissão em outros países europeus sem necessidade de revalidação adicional.
💡 Leia também: Empresas que patrocinam visto de trabalho em Portugal e Europa
🚨 A criação de 31 vagas para urgência e emergência marca um momento decisivo na história da medicina portuguesa.
Além de melhorar o atendimento hospitalar, reforça a formação técnica, a resposta nacional em crises e a valorização dos profissionais da saúde.
👉 As primeiras candidaturas devem abrir ainda este ano, e os interessados devem acompanhar os anúncios oficiais da Ordem dos Médicos e da ACSS.